No dia 8 de julho, além de celebrarmos o Dia de Santa Isabel, é também uma oportunidade para homenagear uma figura fundamental em nossa sociedade: o padeiro. Este profissional, muitas vezes invisível na correria do dia a dia, desempenha um papel essencial ao fornecer um alimento básico que está presente em nossas mesas desde tempos imemoriais: o pão.
A história do Dia do Padeiro remonta à figura de Santa Isabel, rainha de Portugal no século XIV, conhecida por sua generosidade e caridade. Durante um período de fome severa, ela utilizou suas próprias joias para comprar trigo e distribuir pão aos necessitados. Em uma dessas distribuições, ela escondeu pães em seu avental, sendo surpreendida pelo rei Dom Diniz. Ao abrir o avental, os pães se transformaram em rosas, um momento tido como milagroso e que solidificou sua reputação como protetora dos padeiros.
A arte da panificação é tão antiga quanto a civilização humana. Desde os primórdios na Mesopotâmia, onde o trigo era moído e assado em pedras quentes, até a introdução do fermento pelos egípcios, a produção de pães evoluiu ao longo dos milênios. Os gregos e romanos expandiram seu consumo e técnica, com as padarias públicas se tornando comuns na Roma Antiga.
Na Idade Média, porém, as padarias desapareceram das ruas, com a produção de pães voltando a ser um trabalho caseiro. Somente no século XVII, na França, a panificação se modernizou, transformando o país no epicentro da produção de pães.
No Brasil, a história do pão é intrinsecamente ligada à chegada dos imigrantes italianos no século XIX. Antes disso, o consumo de pão era limitado, com a farinha de mandioca e o biju dominando a dieta brasileira. Com os italianos, veio o conhecimento e a paixão pela panificação, expandindo o consumo e a produção de pães pelo país.
Hoje, os padeiros desempenham um papel vital em nossas comunidades, não apenas fornecendo alimento, mas também preservando tradições e técnicas que atravessaram séculos. Em cada padaria, encontramos não apenas pães frescos, mas também um elo com nossa história e cultura alimentar.
Na Panetteria Palhano, seguimos a risca a tradição da fabricação artesanal de pães, onde o padeiro chega ao trabalho as 2 da manhã para produzir as massas e aguardar o tempo correto de fermentação dos pães:
"Já fizemos testes com melhoradores, processos mais práticos e rápidos de produção, porém o sabor muda muito e o pão não tem a mesma textura dos artesanais."
- explica Elieth, a proprietária e idealizadora da Panetteria Palhano.
Portanto, neste Dia do Padeiro, reservemos um momento para reconhecer e agradecer a esses artesãos do pão, cujo trabalho diário nos proporciona um dos alimentos mais básicos e essenciais à nossa alimentação. Que seu esforço e dedicação sejam lembrados e valorizados não apenas hoje, mas todos os dias em que partilhamos o pão à mesa.
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